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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cientistas capturam imagens de tatu gigante no Pantanal


O Projeto Tatu Gigante, dos investigadores da Royal Zoological Society, da Escócia, colocaram câmaras na região de Nhecolândia no Pantanal, Brasil, que após dez semanas de investigação conseguiram encontrar e fotografar o tatu gigante, Priodontes maximus.
“As câmaras vão oferecer informações críticas para a avaliação da situação das populações de tatus gigantes no Brasil", disse Arnaud Desbiez, biológo da Royal Zoological Society, que lidera o Projeto Tatu Gigante.  “Vão ajudar-nos a ter uma melhor compreensão da história natural da espécie e talvez entender as razões ecológicas de sua raridade. E vão ajudar-nos a formular uma base de informações sobre a ecologia do tatu gigante e a sua função no ecossistema do Pantanal brasileiro", acrescentou.

As fotos mostram o tatu a sair de uma toca. Apesar das populações de tatus gigantes (Priodontes maximus) estarem espalhadas pela maior parte da América do Sul, pouco se sabe sobre este animal devido ao seu comportamento discreto e a pouca densidade das populações, que raramente são vistas. Este animal passa os dias em tocas por baixo da terra dificultando também a observação e tornando os seus avistamentos raros.

O tatu gigante pode atingir 1,5 metros de comprimento e pesar até 50 quilos, duas vezes mais o tamanho dum tatu comum. Este animal vive em áreas de florestas conservadas, perto de fontes de água e têm hábitos noturnos. Isto levou os cientistas a decidirem usar câmaras automáticas, instaladas como armadilhas, para capturar as imagens.

"Nós simplesmente não sabemos nada sobre os tatus gigantes e podemos perder esta espécie antes de conseguir perceber a sua história natural básica e o seu papel ecológico", afirmou Arnaud Desbiez. A organização União Internacional para Conservação da Natureza classifica este mamífero como vulnerável, pois o tatu gigante está ameaçado pela perda do seu habitat e pela caça.

Com o uso das câmeras automáticas do jardim zoológico de Chester, os investigadores poderão estimar a densidade da população, investigar os padrões das suas atividades, vigiar o uso das suas tocas por outras espécies para além de aprender mais sobre o seu comportamento social e reprodutivo.


Para Arnaud Desbiez, o tatu gigante pode ser considerado um "fóssil vivo". "Estou ansioso para usar os resultados do nosso trabalho para mostrar ao mundo que esta espécie desconhecida simboliza o melhor da biodiversidade", afirmou.

Fonte: http://www.bbc.co.uk

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